quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mulheres entram no Guardador Legal

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As mulheres do Distrito Federal já entraram na profissão de Guardador de Carros e na última turma de capacitação promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (SEDEST), dia 25 de agosto, elas se destacaram pela persistência e coragem de exercer uma profissão dominada pela ala masculina. Dos setenta inscritos, apenas 38 compareceram, sendo que destes nove eram mulheres.
A partir do próximo mês, a SEDEST irá fornecer não só o colete e o crachá, mas o uniforme completo, com camiseta, chapéu, calça jeans e colete. A novidade foi informada aos participantes pelo presidente do Sindicato da categoria, Valdivino Diego da Silva, que também sinalizou a importância da preservação do material recebido. “Nenhuma outra capital está fazendo o que Brasília faz. Temos que ser exemplo para todo o país. Não emprestem o crachá e o colete para outros não legalizados trabalharem. Se a pessoa for pega perde o direito de ser um Guardador Legal”, enfatizou o presidente do Sindicato dos Guardadores e lavadores de Veículos do DF (SINDGLAV-DF).
Os capacitados passaram por um treinamento de 8 horas onde foram ministradas informações como normas de trânsito, higiene pessoal, noções básicas de responsabilidade social e civil; relações humanas no trabalho e noções de biolavagem. O curso completo sobre biolavagem é ministrado durante quatro horas no SINDGLAV-DF. Após o curso os participantes têm o direito de se cadastrarem junto à SEDEST para receber o benefício do primeiro Kit de biolavagem. Com este podem ser lavados até 75 carros. O refil, no valor de R$75,00 lava até 35 carros.
Mulheres entram na disputa
Se o sol nasceu para todos, as mulheres do Distrito Federal acreditam firmemente neste ditado, pois já estão exercendo a profissão de lavadoras de carros em várias cidades. Valdelícia Martins de Oliveira, 35 anos, nascida em Brasília, deixou de trabalhar no comércio e enfrenta a profissão de lavadora de carro junto com seu marido, nas quadras do Sudoeste. Eles já possuem duas kombis e aguardam o chamado para efetuar o serviço. Segundo ela, o telefone não pára. “Só faltava mesmo a capacitação da SEDEST para andarmos dentro da lei”, argumentou Valdelícia.
Já Ivanildes Alves da silva, 25 anos, há três na profissão, primeiro grau incompleto, trabalha na 409 sul, das 8 às 18 horas, de segunda a sábado. É sua primeira atividade profissional e sinaliza que o único incomodo é o sol forte dos últimos dias. “Chego a estender o meu horário de trabalho até às 19 horas para atender a clientela. Já fiz o curso de biolavagem e vamos ter que nos adaptar. Daqui alguns meses ninguém vai reclamar mais. Melhor do que faltar água no futuro para todos nós”, diz consciente sobre os danos causados ao meio ambiente com a lavagem de carros com água.

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