quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Motoristas sem opção na hora de estacionar veículos no Centro de Manaus

Aumento do número de carros em Manaus reduziu as vagas, deixando condutores reféns de preços cada vez mais altos dos estacionamentos privados

O estacionamento rotativo do Porto Privatizado de Manaus também é um dos mais caros. A hora fracionada custa R$ 5 (Euzivaldo Queiroz )
A disputa por vagas para estacionar nas ruas e avenidas do Centro de Manaus revela uma realidade desleal, em que apenas empresários e guardadores de carro levam vantagem sobre o problema dos condutores. As vias para estacionamento, teoricamente públicas, com a ação dos chamados “flanelinhas” tornam-se privadas, induzindo os motoristas a procurar estacionamentos rotativos, onde são praticados preços cada vez mais altos.
Com a grande demanda por vagas, os empresários se aproveitam e estipulam preços que variam de R$ 3 a R$ 5 por hora. O problema se agrava com o aumento da frota de veículos de Manaus, atualmente em 610 mil. Segundo dados da Secretaria Municipal de Finanças (Semef), existem 58 estacionamentos privados com atividade rotativa funcionando legalmente em Manaus, sendo a maioria no Centro. Destes, 13 estão em processo de baixa porque não apresentaram os documentos necessários para o licenciamento.
No entanto, o número real de estacionamentos privados em atividade e de modo irregular é muito maior, segundo estimativa da Semef. A multa para empresários que exploram a atividade de maneira irregular varia entre R$ 500 e R$ 9 mil, conforme o Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb). A multa é aplicada em função da falta de Certidão de Uso do Solo, necessária para o funcionamento do estabelecimento.
Apenas em um estacionamento localizado na avenida Eduardo Ribeiro circulam, diariamente, 250 carros. Para cada hora no local é cobrado R$ 5. O preço está entre os mais caros do Centro e iguala-se ao do estacionamento do Porto de Manaus, também R$ 5, por hora fracionada. Isso significa que o condutor paga o mesmo valor referente a uma hora no estacionamento caso passe apenas cinco minutos do limite de tempo.
Os preços mais baixos cobrados nos estacionamentos rotativos são encontrados nas ruas Henrique Martins, Barroso e Getúlio Vargas. Nos locais o valor, em média, é de R$ 3. Apenas um entre os dez estacionamentos rotativos visitados pela reportagem de A CRÍTICA, durante a manhã de ontem, no Centro, pratica um preço abaixo da média. O estacionamento fica localizado na rua José Paranaguá e cobra R$ 2,25 por hora. A reportagem também constatou que, entre 10h e 11h, a maioria dos estabelecimentos estava no limite da lotação de vagas. Fato curioso é a ação simultânea de “flanelinhas”. Na frente de todos os estacionamentos rotativos, “flanelinhas” disputam a preferência dos condutores oferecendo preços mais baixos. Enquanto o estacionamento privado cobra, em média, R$ 5, os “flanelinhas” cobram R$ 3 para reparar o veículo em via pública.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

ACADEMIA DO CIDADÃO – Guardadores de carros são treinados para atender motoristas

Oficiais e alunos do Curso de Formação de Oficiais da Academia de Polícia Militar promoveram na manhã de ontem, 13, dentro do Projeto Academia do Cidadão, um treinamento para guardadores de veículos que atuam nos bairros Prado e Calafate, em Belo  Horizonte.
O treinamento, realizado nas dependências da APM, foi dividido em duas etapas, sendo a primeira teórica, quando os alunos receberam informações sobre com o não se envolver em crimes e dicas de apresentação pessoal, que envolve corte de cabelo, roupas adequadas e barba bem feita.
Na parte prática, os guardadores de carros receberam orientações sobre como lidar com o cidadão, tratando-o com respeito e educação. Foi reiterado a proibição de o flanelinha solicitar ao condutor qualquer pagamento pelo serviço prestado, uma vez que a atitude é alvo de repressão policial. A gratificação deve ser feita espontaneamente por quem recebeu o serviço.
Ao final do treinamento, todos os guardadores de carros cadastrados e receberam crachás, para serem afixados em suas roupas como forma de identificá-los como participantes do projeto Academia do Cidadão. Eles serão fiscalizados e deverão atuar conforme as orientações recebidas no curso.
 
ELOGIO
Presentes ao encontro, o presidente da SOS Bairros, Guilherme Neves, que acompanhou todas as atividades desenvolvidas e elogiou a iniciativa, coordenada pelo Capitão Cláudio, coordenador do Projeto Academia do Cidadão, da Polícia Militar.
Segundo o coordenador do Academia do Cidadão,  Capitão Cláudio Alves e Silva, os guardadores de carros usarão a camiseta da campanha da Lei Seca, que traz o slogan “Sou pela Vida, Dirijo sem Bebida”. Além disso, eles se comprometeram a entregar panfletos sobre essa mesma lei nos locais onde trabalham.
“Todos os participantes do treinamento se mostraram satisfeitos em participar do Projeto Academia do Cidadão”, destacou o oficial. O oficial informou que representantes da comunidade, que também participaram das atividades, se comprometeram a apoiar a PM em suas ações e a fiscalizar os guardadores de carros.

Um outro detalhe importante, ainda segundo o Capitão Cláudio, é que todos os guardadores de carros são credenciados pela Prefeitura de Belo Horizonte. Ele ressaltou que as ações repressivas contra pessoas que tomam conta de veículos, não cadastradas na PBH, continuarão a ser realizadas pela PM, com a finalidade de reprimir extorsões e danos contra veículos. Contatos: Capitão Cláudio – 8682-2068 (AF).
Fonte: Policia Militar de Minas Gerais

domingo, 11 de setembro de 2011

Flanelinhas continuam a atuar sem controle ou limite

Sem a definição dos espaços onde podem atuar, guardadores de carros realizam sua atividade sem controle. A profissão foi regulamentada há mais de 30 anos, porém, é preciso traçar normas para que o ofício seja executado
 O expediente começa pontualmente às 06h:00. De boné, pochete e flanela na mão, Paulo César Ferreira, 37, chega à rua Barão de Aracati para mais um dia de trabalho. Os carros vão chegando por volta das 07h:00. É preciso muito senso de espaço para organizar cada um deles nos poucos metros disponíveis de estacionamento público. 
“Se um carro estaciona errado, acaba prejudicando a vaga do outro”, explica.
A clientela é vasta e o rendimento diário gira em torno de R$100 – mesmo que não estipule um valor fixo. Há 20 anos, Paulinho, como é conhecido, cumpre seu expediente como guardador de carro.
A profissão surgiu a partir de uma demanda social e foi oficializada no Brasil desde a sanção da lei 6.242, de 23 de setembro de 1975.
A regulamentação federal veio dois anos depois, em 1977. Porém, muito ainda precisa ser avançado para que a atividade seja reconhecida na capital. Falta regulamentação local.
A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/Ce), informa que, na teoria, os guardadores e lavadores de carros podem requerer autorização para executar suas atividades. Na prática, de pouco adianta, já que os órgãos públicos locais ainda não definiram as áreas que podem ser exploradas.
“É preciso uma lei municipal regulando os espaços onde os guardadores possam atuar”, explica o chefe da seção de auditoria fiscal do trabalho da SRTE, Raimundo Barroso.
Segundo a SRTE, para a efetiva regulamentação da profissão em Fortaleza, três etapas deveriam ser executadas. A primeira seria a delimitação dos espaços de atuação dos “flanelinhas”, em seguida a formação do sindicato e, por último, o pedido de autorização para o trabalho na SRTE.
O procurador chefe do Ministério Público do Trabalho, Nicodemos Fabrício Maia, também é favorável à regulamentação. “A profissão precisa ser regulamentada para garantir a sobrevivência, dar dignidade e reconhecimento a esses trabalhadores”.
Leia Mais (continuação desta matéria em O Povo)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Estacionamento rotativo - Secretaria se reúne com associação de guardadores

Pelotas-RS - Tendo em vista a implantação do Estacionamento Rotativo em Pelotas e o aproveitamento dos serviços dos guardadores de carro, a Secretaria de Segurança, Transportes e Trânsito (SSTT) realizou, nesta segunda-feira (5), uma reunião com a Associação dos Guardadores de Carro.

Segundo a secretaria de Segurança, Transportes e Trânsito, o projeto do Estacionamento Rotativo está pronto e nesta semana será encaminhado à apreciação da Procuradoria Geral do município, depois ao prefeito Fetter Júnior e posteriormente à Câmara de Vereadores.

Já está definida a utilização de aproximadamente 60 parquímetros que serão instalados no perímetro formado pelas ruas Lobo da Costa, Gonçalves Chaves, Cassiano do Nascimento e Marechal Deodoro.

Na reunião desta segunda a SSTT esclareceu à associação, questões relacionadas ao funcionamento do projeto e também as alternativas de aproveitamento dos guardadores de carro.

Fonte: Diário Popular

sábado, 3 de setembro de 2011

NOTA DE FALECIMENTO
É com extremo pesar que o Sindicato dos Guardadores de Automóveis no Estado do Rio de Janeiro e Região (SINGAERJ) comunica a morte do seu presidente, José Vieira Campos, que faleceu, por volta de 11 horas deste sábado (03), no EMCOR HOSPITAL DO CORACAO E DE CLINICAS DE NOVA IGUACU LTDA.
José Vieira Campos, além de grande amigo e pai - foi um defensor incansável da categoria dos guardadores de automóveis. Sua trajetória no movimento sindical teve inicio no dia 18 de janeiro de 1968, ainda, na Associação Profissional dos Guardadores de Automóveis do Estado da Guanabara, participando da transformação em Sindicato (1971), e como presidente do SINGAERJ ficará marcado, para sempre, como a de um homem batalhador que, jamais, desistiu de lutar pelos direitos e melhorias para os guardadores e guardadoras de automóveis do Rio de Janeiro.
As grandes vitórias do Sindicato, sob a direção e administração de José Vieira Campos, foram tantas que as que mais se destacam são: a transformação de Associação em Sindicato; regulamentação profissional da categoria (a nível federal); regulamentação da atividade (a nível municipal); regulamentação da função (a nível estadual) e vários convênios firmados com o Município.
Ele tinha 70 anos e deixa esposa, um filho, uma filha, dois netos e mais de 5.000 guardadores, considerados por ele, como membros de sua família. O velório está sendo realizado no Memorial do Carmo, na capela 6, até as 13h de domingo, dia 04, quando será sepultado.
Aos familiares de José Vieira Campos, os sinceros sentimentos da direção, funcionários e associados do SINGAERJ, e os votos para que encontrem, no amparo Divino, a força necessária para superar este difícil momento.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Certificados e Uniformes serão entregues para 240 Guardadores de veículos

São Luiz-MA - A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), por meio da Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC), entrega, nesta quinta-feira (1º), às 15hs, no Auditório Leofredo Ramos, prédio da SSP, os Certificados de Conclusão de Curso, Crachás de Identificação e Uniformes Padronizados para 240 guardadores e lavadores autônomos de veículos automotores de São Luís.
A ação é fruto de uma parceria entre a SPCC, a Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que visa regulamentar o exercício da profissão dos flanelinhas (guardadores de veículos).
Os 240 profissionais foram capacitados através de um Curso realizado no Auditório da Delegacia Especial de Costumes e Diversões Públicas, com carga horária de 16 horas/aula.
A capacitação somente foi possível, após o cadastramento dos flanelinhas (guardadores de veículos) no Sindicato dos Lavadores, Manobristas e Guardadores do Estado do Maranhão, entidade que representa a categoria e, posteriormente, registro no Ministério do Trabalho, como profissional da área.
Cada integrante receberá seu Certificado de Conclusão, Crachá com número de ordem de identificação, e seu Uniforme Padronizado contendo um colete e um boné padronizado.
De acordo com o Superintendente de Polícia Civil da Capital, Delegado Sebastião Uchoa, todos os flanelinhas (guardadores de veículos) da capital devem estar regularizados até o final do ano, caso contrário, serão impossibilitados de exercerem a profissão.
Estarão presentes na cerimônia, o delegado Geral de Polícia Civil, Nordman Ribeiro;  o superintendente de Polícia Civil da Capital, delegado Sebastião Uchoa; o supervisor do Centro Integrado de Defesa Social da área Oeste, delegado Joviano Furtado; a Superintendente de Proteção Social da Semcas, Lycia Maria Fiquene;  o presidente do Sindicato dos Lavadores, Manobristas e Guardadores do Estado do Maranhão, Francisco Moreira, entre outros.
Vitória-ES - Os flanelinhas (guardadores de automóveis) continuam livres para atuar em Vitória depois que a Câmara de Vereadores manteve, na noite desta quarta-feira (31), o veto do prefeito João Coser ao projeto de lei que proibia a atuação dos guardadores de veículos na cidade. A votação foi disputada, com oito votos a favor e sete contra o veto.
A decisão foi comemorada pelos flanelinhas (guardadores de automóveis) nesta quinta-feira (1º). A aplicação da regulamentação da atividade, no entanto, ainda é uma reivindicação. O guardador de veículos José Carlos da Silva, 43 anos, atua no Centro de Vitória há 23 anos e aprovou a manutenção do veto, mas diz que já está cansado das promessas de cadastros e fiscalizações que nunca se concretizam.
"Por um lado foi maravilhoso, mas falta nos regulamentar. Se nós tivéssemos ao menos uma regulamentação para selecionar os que querem trabalhar e os que não querem, seria excelente".
O também flanelinha (guardadores de automóveis) Eduardo Adário Cordeiro, 35 anos, reforça o pedido. "O prefeito tem que ter força de vontade para registrar todo mundo. Tem muito bandido na rua. Tem alguns honestos e trabalhadores, mas tem muito bandido também. Eu preferia que tivesse um registro porque aí teria a identificação direitinho, com colete e crachá. Tem gente que não usa a profissão de flanelinha para trabalhar e sim para roubar e intimidar as pessoas".

"Esses caras têm que sair da rua, de qualquer jeito"

E é justamente o problema da violência que assusta os moradores da Praia do Canto, em Vitória, que é palco de constantes conflitos entre motoristas e flanelinhas (guardadores de automóveis). Para o presidente da Associação de Moradores do bairro, Mário Aguirre, os flanelinhas (guardadores de automóveis) não podem atuar livremente na rua, como ocorre atualmente.
"Eu sou contra flanelinha estar na rua porque normalmente eles intimidam as pessoas para receber dinheiro. Se eles lavarem o carro, sou favorável a que eles recebam pelo trabalho, agora ser 'olhador' de carro eu sou contra visceralmente. Esses caras têm que sair da rua, de qualquer jeito".
A associação, de acordo com Aguirre, vai enviar um projeto à Prefeitura de Vitória para que os flanelinhas (guardadores de automóveis) sejam cadastrados e identificados.
 Autor do projeto que poderia pôr fim à atividade dos flanelinhas em Vitória, o vereador Max da Mata (DEM) se disse decepcionado com a decisão dos colegas de manter o veto do prefeito à ideia.
"Fiquei decepcionado e bastante frustrado. Acho que todo mundo perdeu. Foi um perde-perde a manutenção desse veto. Perderam os guardadores de veículos, os flanelinhas, porque continuam esquecidos pela prefeitura, continuam marginalizados, varridos para debaixo do tapete. Perde a sociedade como um todo porque acaba sendo obrigada a pagar por um serviço que ela não quer contratar e, por fim, perde a prefeitura, que poderia dar dignidade a essas pessoas, que precisam de investimentos e oportunidade".
A Câmara de Vereadores havia aprovado o projeto de lei no dia 28 de abril deste ano e o prefeito vetou no dia 25 de maio. A prefeitura teve como base para o veto o parecer dado pela Procuradoria do Executivo, em que afirma ser inconstitucional a Lei nº. 379/2009, pois não cabe ao município legislar sobre um assunto da União e  interferir numa profissão que já é regulamentada por lei federal.
O vereador refuta o argumento, dizendo que a administração se contradiz, uma vez que a própria prefeitura aprovou uma lei que diferencia as atividades de guardador e lavador de carros na cidade.

Nota da prefeitura
Por meio de nota, a prefeitura limitou-se a dizer que "reforça que não cabe ao município legislar sobre profissões, como, no caso, a de flanelinha. Tal prerrogativa cabe à União. Por esse motivo vetou o projeto originado na Câmara de Vereadores".

Projeto que proíbe Guardadores de carros cai, mas polêmica continua

Vitória-ES - Os flanelinhas (guardadores de automóveis) continuam livres para atuar em Vitória depois que a Câmara de Vereadores manteve, na noite desta quarta-feira (31), o veto do prefeito João Coser ao projeto de lei que proibia a atuação dos guardadores de veículos na cidade. A votação foi disputada, com oito votos a favor e sete contra o veto.
A decisão foi comemorada pelos flanelinhas (guardadores de automóveis) nesta quinta-feira (1º). A aplicação da regulamentação da atividade, no entanto, ainda é uma reivindicação. O guardador de veículos José Carlos da Silva, 43 anos, atua no Centro de Vitória há 23 anos e aprovou a manutenção do veto, mas diz que já está cansado das promessas de cadastros e fiscalizações que nunca se concretizam.
"Por um lado foi maravilhoso, mas falta nos regulamentar. Se nós tivéssemos ao menos uma regulamentação para selecionar os que querem trabalhar e os que não querem, seria excelente".
O também flanelinha (guardadores de automóveis) Eduardo Adário Cordeiro, 35 anos, reforça o pedido. "O prefeito tem que ter força de vontade para registrar todo mundo. Tem muito bandido na rua. Tem alguns honestos e trabalhadores, mas tem muito bandido também. Eu preferia que tivesse um registro porque aí teria a identificação direitinho, com colete e crachá. Tem gente que não usa a profissão de flanelinha para trabalhar e sim para roubar e intimidar as pessoas".

"Esses caras têm que sair da rua, de qualquer jeito"

E é justamente o problema da violência que assusta os moradores da Praia do Canto, em Vitória, que é palco de constantes conflitos entre motoristas e flanelinhas (guardadores de automóveis). Para o presidente da Associação de Moradores do bairro, Mário Aguirre, os flanelinhas (guardadores de automóveis) não podem atuar livremente na rua, como ocorre atualmente.
"Eu sou contra flanelinha estar na rua porque normalmente eles intimidam as pessoas para receber dinheiro. Se eles lavarem o carro, sou favorável a que eles recebam pelo trabalho, agora ser 'olhador' de carro eu sou contra visceralmente. Esses caras têm que sair da rua, de qualquer jeito".
A associação, de acordo com Aguirre, vai enviar um projeto à Prefeitura de Vitória para que os flanelinhas (guardadores de automóveis) sejam cadastrados e identificados.
 Autor do projeto que poderia pôr fim à atividade dos flanelinhas em Vitória, o vereador Max da Mata (DEM) se disse decepcionado com a decisão dos colegas de manter o veto do prefeito à ideia.
"Fiquei decepcionado e bastante frustrado. Acho que todo mundo perdeu. Foi um perde-perde a manutenção desse veto. Perderam os guardadores de veículos, os flanelinhas, porque continuam esquecidos pela prefeitura, continuam marginalizados, varridos para debaixo do tapete. Perde a sociedade como um todo porque acaba sendo obrigada a pagar por um serviço que ela não quer contratar e, por fim, perde a prefeitura, que poderia dar dignidade a essas pessoas, que precisam de investimentos e oportunidade".
A Câmara de Vereadores havia aprovado o projeto de lei no dia 28 de abril deste ano e o prefeito vetou no dia 25 de maio. A prefeitura teve como base para o veto o parecer dado pela Procuradoria do Executivo, em que afirma ser inconstitucional a Lei nº. 379/2009, pois não cabe ao município legislar sobre um assunto da União e  interferir numa profissão que já é regulamentada por lei federal.
O vereador refuta o argumento, dizendo que a administração se contradiz, uma vez que a própria prefeitura aprovou uma lei que diferencia as atividades de guardador e lavador de carros na cidade.

Nota da prefeitura
Por meio de nota, a prefeitura limitou-se a dizer que "reforça que não cabe ao município legislar sobre profissões, como, no caso, a de flanelinha. Tal prerrogativa cabe à União. Por esse motivo vetou o projeto originado na Câmara de Vereadores".